A preletora Maria Assumpta
Vilela Peixe, diretora
da SEICHO-NO-IE DO BRASIL, é
dessas pessoas que espalham
maciez espiritual por onde
passa. Sua história, vida familiar
e trabalho pelo movimento
fazem com que onde
pisa vire caminho e onde sorri
aconteça a esperança.
Mãe que conforta mães,
ela se destaca também no
Movimento de Defesa da Pequena
Vida. Além disso, ela
faz parte da diretoria da Casa
de Repouso da Grande Harmonia
e atua como Supervisora-
Administrativa Doutrinária
da Regional SP-SÃO
BERNARDO DO CAMPO, região
onde também reside.
Natural de Lavras-MG, a
preletora Maria Assumpta tem
na face uma alegria de
estética esplêndida, de uma
simplicidade comovente. Sua
base e fortaleza, a família,
compõe-se do esposo, Irineu
Peixe; da filha, Rosana Vilela
Peixe Jorge; do genro,
Adriano Augusto Jorge; da
neta, Pietra Vilela Peixe
Jorge; e do recém-chegado
Lorenzo Vilela Peixe Jorge.
A preletora Maria Assumpta é autora de um livro que já está na terceira edição
independente, com 8 mil
exemplares vendidos. A obra
Nossos Filhos Não São
Nossos – Reflexões de uma
Mãe surgiu da dor da perda.
Em 1992, ao perder um filho,
então com 18 anos, ela encontrou
na Seicho-No-Ie força
para fortalecer outras mães.
Ela põe palavras nos
sentimentos que as pessoas
só conseguem expressar sorrindo,
uma constância na vida
doutrinária que raros líderes
constroem. Em 26 anos ela
saiu de divulgadora para
diretora da SEICHO-NO-IE DO
BRASIL. Confira agora um
pouco mais sobre a preletora
Maria Assumpta Vilela Peixe.
CH – Passe-nos um
resumo de sua trajetória até
alcançar o cargo de diretora
da SEICHO-NO-IE DO BRASIL.
Maria Assumpta Vilela
Peixe – Conheci a Seicho-
No-Ie em 1982. Foi um bálsamo
para mim. Aqui encontrei
o que buscava e muito
mais. Encontrei a conscientização
da natureza divina do
homem! Na organização, recebi
várias oportunidades de
ser útil: fui nomeada divulgadora,
preletora, presidente
de Associação Local, secretária
regional da Federação
Pomba Branca (gestão
da prof. Leonor Ichikawa),
presidente regional da Associação
de Educadores por
várias gestões, presidente da
Associação de Preletores por
duas gestões e hoje exerço o
cargo de Supervisora-Administrativa
Doutrinária da Regional
SP-SÃO BERNARDO DO
CAMPO, na segunda gestão
(2008/2011).
Procuro executar todo o
trabalho que recebo com sentimento
de retribuição ao ensinamento.
Ao trabalhar na organização,
na parte administrativa,
recebo inúmeras oportunidades
de aprender com as
situações apresentadas e, para
solucioná-las, mentalmente
pergunto a Deus: “O que o
Senhor faria no meu lugar?”.
As respostas vão chegando em
forma de idéias e de colaboradores,
que muito me auxiliam.
Como “o que nos rege é unicamente
a vontade de Deus”,
procuro não me esquecer disso.
O cargo de diretora chegou
sem que eu percebesse –
quando me dei conta estava
recebendo o convite da querida
profa Marie Murakami.
CH – Descreva a emoção
e como reagiu no momento
em que diretora-presidente da
SEICHO-NO-IE DO BRASIL, a profa
Marie Murakami, fez-lhe o
convite para o cargo.
MA – Foi um misto de
emoção e espanto. Senti-me
honrada com a confiança recebida.
A professora pediu que
eu conversasse com a família, e,
assim fazendo, aceitei assumir
esta grande responsabilidade.
CH – Dê um panorama
de sua função como diretora,
os pontos específicos de sua
atuação e o que a profa Marie
Murakami solicitou da senhora,
ao lhe chamar para tão
sagrada tarefa.
MA – Participo das
reuniões administrativas na
Sede Central e também dos
eventos onde é necessária a
presença da diretoria e,
especificamente, faço parte da
diretoria da Casa de Repouso
da Grande Harmonia, localizada
na cidade de Ibiúna-SP.
Como acumulo o cargo de supervisora,
a profa Marie Murakami
me orientou a delegar
algumas funções na Regional.
CH – Suas palestras, ao
vivo, pela TV ou via rádio,
deixam evidente o que a senhora prioriza na hora de
passar o ensinamento: a Imagem
Verdadeira, sempre ver o
Jissô. Comente esse aspecto.
MA – Aprendemos na
Seicho-No-Ie que a Imagem
Verdadeira da Vida é o que
realmente existe, é a essência
do ensinamento. “Só existe
Deus e o que vem de Deus –
de Deus, que é perfeição, não
nasce imperfeição.” Essas são
as sábias palavras do prof.
Masaharu Taniguchi. Para que
se manifeste neste mundo da
projeção mental (mundo fenomênico)
a Imagem Verdadeira
(desenrolar da idéia de Deus), é preciso que reconheçamos
nossa natureza divina. A
Imagem Verdadeira existe, e
isso é um fato consumado e
inegável. É essa conscientização
que o querido Mestre
espera de nós, preletores, e de
nossas orientações às pessoas.
CH – Um episódio marcante
pôs um divisor de águas
na sua vida: a partida de um
filho para o mundo espiritual.
De que forma o ensinamento
lhe deu e lhe dá forças em
relação a esse fato e quais
livros da Seicho-No-Ie mais
ajudaram a senhora?
MA – Como disse,
conheci a Seicho-No-Ie em
1982, e meu filho faleceu em
1992, aos 18 anos, num acidente
de carro. Tive a oportunidade
de durante dez anos
aprender sobre as três práticas
espirituais: ler livros e
sutras sagradas, praticar a
Meditação Shinsokan e praticar
atos de bondade ao próximo.
Quando esse fato aconteceu,
eu estava muito fortalecida
na fé em Deus e nos
ensinamentos da Seicho-No-
Ie. Até hoje eu mesma me
surpreendo com a postura
mental que tive perante a essa
irreparável perda. Se eu disser milhões de vezes “muitas
graças” ao ensinamento, será
pouco. Os livros que li na época: A Verdade da Vida,
volume 7; Vida Cotidiana;
Melhore Seu Destino Orando
pelos Antepassados;
sutras sagradas; A Verdade
em Orações; Mistérios da
Vida, entre outros maravilhosos.
Adicione-se a isso a
prática da Meditação Shinsokan.
CH – Por falar em
livro, a senhora lançou, por
conta própria, uma obra que
dá força às mães que
tenham passado pela mesma
experiência. Como surgiu
essa idéia e quantos
exemplares/edições já foram
publicados?
MA – O corpo de meu
filho foi sepultado num
sábado e na segunda-feira eu
já sabia (intuía) que escreveria
um livro. Havia um título pairando em minha
mente “Nossos filhos não são
nossos – Reflexões de uma
mãe”. O título nasceu antes
do próprio livro, o que me dá
plena certeza de que escrevêlo
foi uma missão. No mesmo
dia comecei a manuscrever o
meu sentir, o sentir de minha
família – era como se estivesse
compelida a escrever. Já
foram editados 8 mil exemplares
e estamos na terceira
edição.
CH – De que forma a
senhora faz com que seu livro
chegue às mãos do público
interessado?
MA – Recebo pedidos
de várias partes do país, além
de países do exterior, como
EUA, Japão, onde Deus
coloca verdadeiros anjos que
o divulgam a pais especiais
(que perderam filhos). Assim
minha família completa a
divulgação, fazendo a postapostagem,
que é por nossa conta.
Também fazemos doação de
exemplares a outras instituições
religiosas e a pais
especiais. Recebemos semanalmente
relatos que nos
comovem muito.
CH – Sua atuação no
Movimento em Defesa da
Pequena Vida é notório. A
senhora vê chances da
legalização do aborto não vir
a ser efetivada graças à soma
de esforços de várias instituições,
inclusive a Seicho-
No-Ie?
MA – Sim, creio sinceramente
nisso. Há religiosos
de várias entidades levantando
alto a bandeira do “SIM À VIDA”. A Seicho-No-Ie
faz importante trabalho de
conscientização através de
seminários, palestras e conferências.
Aprendemos que a
vida é sublime e imortal,
extensão da Vida de Deus, não importa se é embrião ou
feto. A Vida é Vida desde o
princípio. E esta é a missão
das religiões, levar essa
conscientização à sociedade.
CH – Como a senhora
vê o empenho concreto da
SEICHO-NO-IE DO BRASIL em
se tornar exemplo na defesa
do meio ambiente?
MA – Vejo com muita
admiração e reverência.
Desde o início da Seicho-No-
Ie, em 1930, o prof. Masaharu
Taniguchi nos ensina o
respeito à natureza, o nãodesperdício
de nada, o respeito à vida em toda forma de
manifestação, afirmando
sempre que a matéria não é
simples matéria, mas automanifestação
do amor de Deus
para a humanidade. E a profa
Marie Murakami, nossa diretora-
presidente, está muito
empenhada para que a Certificação
ISO 14001 seja conferida à SEICHO-NO-IE DO
BRASIL.
CH – Deixe uma mensagem
para toda a nação
Seicho-No-Ie espalhada pelo
Brasil, essa gente que acredita
e trabalha heroicamente
por um mundo ideal.
MA – Aprecio, sobremaneira,
uma parte da Sutra
Sagrada Contínua Chuva de
Néctar da Verdade, e faço dela
minha mensagem a todos: “Não
percas de vista teu ser diamantino,
indestrutível e eternamente
feliz, caindo no sensacionismo
ou no racionalismo”. Nela o
Mestre nos exorta a focar
apenas na Imagem Verdadeira
da Vida (que é perfeição e
harmonia), não nos apegando às sensações nem às razões
percebidas pelos cinco sentidos.
Com esse procedimento
espiritual, manifestaremos aqui
o paraíso terrestre.